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POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

Foto: https://www.google.com 

GIANLUCA MANZI

( ITÁLIA )

 

Milão, Lombardia, Itália 

 

TEXTOS EN ITALIANO  -  TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

POESIA SEMPRE. Minas Gerais.  Número 6.  Ano 3    Editor Geral: Marco Lucchesi.   Rio de Janeiro: MINISTÉRIO DA CULTURA / Fundação BIBLIOTECA NACIONAL, 1995.  242 p.  ISSN 0104-0626    No 09 517                    Exemplar na biblioteca de Antonio Miranda


La casa adotiva

Il cancello ripete
le parole che gli sono state insegnate,
il viale raccoglie tutti passi,
gli alberi eseguono
un ordine che cresce
solo in loro.
Nuovi tralci
sui filari che circondano la casa
sostsi stuisconos sposntaneamente i vecchi.
Causto e deserto
l´impiantito chiede atmosfere punitive,
gerani incappucciati nella plastica,
sale sul ghiaccio
dove non ti specchierai.

Pure piove, ma non al bagnare
le porte, le finestre
prestano fede.
Si impone
la prigionia, l´opacitá
come nido di favorite,
esautorate aquile. Un fulvo
attraversa con un leggero scampanellio
il tuo sogno, riconosce
la luce quando la giacca
inanimata giace sulla sedia.
La giacca nera e il cane fulvo.

Avversità crea silencio,
non delimita cosa. Il muschio

é la scrittura della mattonella,
la mattonella del muschio.
Con scrupolo infantile ti applichi
nello scartare da fogli di Giornale
alcune immagini che vanno sotto il cielo
e tutti lo vedono.


 
Metà della vita

É tempo di tornare verso casa,
la troverai deserta. Il fiore di cardo
ha perso l´amaro e nel suo spacco
il coltello dentro al pane
è ancora fermo. Segna l´orologioss
l´ora del tuo cuore, e la candela
che rotola dal cassetto
rilucere deve
sotto le proprie immagini, adesso,
e annerirle come vicino
a um fuoco
caldo eppure freddo.   


A casa adotiva

O portão repete
as palavras que lhe foram ensinadas,
a alameda recolhe todos os passos,
as árvores escutam
uma ordem que cresce
só nelas. Novos arrimos de videira
nas fileiras que circundam a casa
substituem espontaneamente os velhos.
Causto e deserto,
o pavimento pede atmosferas punitivas,
gerânios encapuzados em plástico,
sal sobre o gelo
onde não te refletias.

No entanto chove, mas não no molhar
as portas, as janelas
fazem fé. Impõe-se
o aprisionamento, a opacidade
como ninho de favoritas,
destituídas águias. Um cão fulvo
atravessa com ligeiro tilintar
o teu sonho, reconhece
a luz quando o paletó
inanimado jaz sobre a cadeira.
O paletó preto e o cão fulvo.

Adversidade cria silêncio,
não significado. Secretamente


coisa delimita coisa.  O musgo
e a escritura do ladrilho,
o ladrilho do musgo.
Com escrúpulo infantil te esmeras
no desembrulhar das folhas de jornal
imagens que vão sob o céu
e todo mundo vê.

                        Tradução do Autor e de Bruno Tolentino.

                     

Metade da vida

É
tempo de voltar à casa
a encontrarás deserta. A flor do cardo
perdeu seu amargos, e na sua fenda
a faca dentro do pão
está parada. Marca o relógio
a hora do teu coração, e a vela
rolando na gaveta
deverá reluzir
logo, sob as próprias limagens,
e enegrecer-lhes como perto
de um fogo
quente e no entanto frio.

Tradução do Autor e de Bruno Tolentino

*

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Página publicada em outubro de 2024



 

 

 
 
 
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